04/03/2006

EVIL - RAÍZES DO MAL

Erik Ponti é um adolescente que mora com a mãe e o padrasto, que o agride constantemente. Quando ele responde a uma provocação, o padrasto costuma dar-lhe uma surra de cinta. Sua mãe, nesses momentos, prefere calar-se.
Isso o torna um rapaz revoltado, violento. Depois de mais uma briga na escola pública, os diretores decidem pela sua expulsão.
Para que possa concluir os estudos só lhe resta uma opção: entrar numa escola particular.
Ele entra num colégio tradicionalíssimo, o Stjärnberg, onde irá descobrir que os alunos mais velhos impõem uma série de regras para humilhar os novatos, com a aparente concordância de professores e diretores. Como ele se recusa a segui-las, será o alvo principal da turma. Mas também terá que ter jogo de cintura, já que quem não obedece as regras pode ser expulso.
Ao seu lado, ele terá o colega de quarto Pierre, um sujeito tímido, sensível e gordinho (outra vítima preferencial dos veteranos). E também a empregada da escola com quem se envolverá, mesmo sendo algo terminantemente proibido pelos rígidos regulamentos internos.
Ambientado na década de 50, o filme é baseado no romance autobiográfico de Jan Guillou, e conta com uma boa reconstituição de época a cargo da vencedora do Oscar por "Fanny e Alexandre", a diretora de arte Anna Asp.
O diretor Hafström mostra a luta de um indivíduo para superar os preconceitos e as dificuldades impostas por uma sociedade que exige a perfeição, um sistema educacional viciado que tenta excluir todos que são considerados diferentes, inferiores, os que não se enquadram, os que contestam. Nesse sentido se aproxima do filme posterior do diretor, A Maldição do Lago.
Evil concorreu ao Oscar 2004 de Melhor Filme Estrangeiro, perdendo (na minha opinião injustamente) para "As Invasões Bárbaras".

Evil - Raízes do Mal
Título Original: Ondskan
Direção: Mikael Hafström
Elenco: Andreas Wilson, Henrik Lundström, Linda Zilliacus, Marie Richardson
Suécia, 2003, 113 min.
DVD/VHS: VideoFilmes

14 comentários:

Anônimo disse...

nao conhecia. beijos, pedrita

Anônimo disse...

Pedrita, tem um filme desse diretor sueco sendo exibido atualmente nos cinemas, "Fora de Rumo", com o Clive Owen e a Jennifer Aniston. Depois de ter visto 2 filmes dele em DVD, estou bastante curioso para conferir esse. O cara tem talento!
Beijos!

Anônimo disse...

Pedrita, tem um filme desse diretor sueco sendo exibido atualmente nos cinemas, "Fora de Rumo", com o Clive Owen e a Jennifer Aniston. Depois de ter visto 2 filmes dele em DVD, estou bastante curioso para conferir esse. O cara tem talento!
Beijos!

Anônimo disse...

Alguém me responda, por favor: está conseguindo ler o comentário(duplicado) que eu mandei pra Pedrita?

Anônimo disse...

sim.

Anônimo disse...

Muito grato, Marcos! Acho que agora normalizou.

Anônimo disse...

Vai ter uma lista comentada dos ganhadores do OSCAR? Tô ansiosa!
Beijos!
;-)

Anônimo disse...

Graciele, eu até poderia publicar um post sobre o Oscar, se não estivesse tão cansado, tão sem tempo e disposição. Mas para não te deixar sem resposta, comento alguma coisa por aqui mesmo.
A premiação em si foi das mais previsiveis.
As vitórias de Philip, Reese, George e Rachel eram mais do que esperadas.
Os prêmios técnicos para Memórias de uma Gueixa e King Kong também.
Na categoria filme estrangeiro era óbvio que a Academia não iria premiar um filme sobre homens-bomba.
Os prêmios recebidos pelo filme de Ang Lee foram justos.
A grande surpresa foi a vitória de Crash. Mas se pensarmos bem até que não foi tão surpreendente, já que o filme se passa em LA e a maioria dos votantes trabalha ou mora lá.Mas é, sem dúvida, o mais fraco dos indicados.
Beijos! :)

Anônimo disse...

Sergio! Penso a mesma coisa! Achei Crash um filme interessante, porém nada que justificasse OSCAR em um ano com Munich e Brokeback como concorrentes.
Beijos!

Anônimo disse...

Graciele, achei Crash bem fraquinho. Aliás, Paul Haggis é o roteirista do vencedor do ano passado, Menina de Ouro, que sofre do mesmo esquematismo, das mesmas simplificações e facilidades de Crash. O diabo é que ele roteirizou também o próximo filme do Clint, Flags of Our Fathers. Preocupante!
Beijos!

Ailton Monteiro disse...

Se não fosse por POR FORA DE RUMO esses filmes desse diretor sueco não me interessaria. Acho que o filme de terror deve ser melhor que esse. Ou não?

Anônimo disse...

Ailton, não gostei do Fora de Rumo, acho o pior dele. O melhor é Evil. O de terror é interessante (isso se você o ver como uma crítica ao sistema educacional sueco).

Luiz Carlos disse...

Gostei muito de "Evil- Raízes do Mal", que vi hoje. Roteiro muito bem estruturado, uma fotografia bem trabalhada, ambientação de primeira, atores inspirados e uma trilha que me pegou. É muito bom fazer esse exercício de sair do circuito americano de vez em quando e encontrar essas pérolas do cinema de outros lugares do mundo. Ah, parabéns pelo texto.

Anônimo disse...

Oi, Luiz Carlos. Evil é um belo filme, sem dúvida.
Filmes de qualidade são produzidos no mundo todo, é só uma questão de ter interesse em procurá-los.
Muito obrigado pela visita e pelo comentário, Luiz. Volte sempre :)
Abraço!

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