01/03/2006

O TERROR QUE VEM DA ITÁLIA

O Inspetor Arnaldi é o encarregado de descobrir quem é o serial killer conhecido como "O Taxidermista", cujo método consiste em mutilar partes do corpo de suas vítimas.
Além dessa investigação, ele se interessa também pelo caso de uma universitária que vem recebendo ameaças anônimas pelo telefone. Dividido entre o profissionalismo e o sentimento amoroso pela jovem, o inspetor terá que vencer seus próprios demônios internos para que possa solucionar os casos.

O modelo seguido aqui pode ter sido "Seven", mas o diretor Puglielli não se esquece de prestar homenagem a alguns dos mestres de terror italiano, como Mario Bava e Dario Argento.
Desde o começo, quando vemos as mãos do taxidermista empalhando animais, até o último plano, somos jogados numa trama doentia, que reserva muitas surpresas para o espectador.
A utilização de música gótica ajuda bastante na criação de uma atmosfera de morbidez, angústia e melancolia. A fotografia e a cenografia também colaboram no clima opressivo.
Outro aspecto a ser mencionado é a interessante caracterização dos personagens. Arnaldi, por exemplo, é um homem impulsivo, capaz de atitudes violentas como atirar no joelho de um estuprador já dominado. Não admira que o inspetor e o serial killer carreguem traumas adquiridos na adolescência. Eles apresentam muitas similaridades.
Eros Puglielli é um nome a ser acompanhado com bastante atenção!

Olhos Mortais
Título Original: Occhi di cristallo
Direção: Eros Puglielli
Elenco: Luigi Lo Cascio, Lucía Jiménez, Eusebio Poncela
Itália / Espanha / Inglaterra, 2004, 114 min.
DVD/VHS: California Home Vídeo

5 comentários:

Anônimo disse...

Esse terror da Itália eu vi. Tem uma direção excelente no começo, com camera no ombro e várias coisas legais, mas quando chega no final, o filme se transforma e acaba snedo um filme normal...não gostei muito não! Mas gostei do texto! Abraços!

Ailton Monteiro disse...

E o EVIL, Sergio? Vai comentar sobre ele aqui?

Anônimo disse...

Ronald, eu gostei do filme em seu todo. O final com a boneca é excelente! A situação pode ser clichê, mas o que importa é o clima de terror, de estranhamento que o diretor consegue criar.

O Evil do Mikael Hafström, Ailton? Se não surgir um imprevisto pretendo comentá-lo neste final de semana.

Abraços!!!

Anônimo disse...

nunca ouvi falar. beijos, pedrita

Anônimo disse...

Vale a pena procurar na locadora, Pedrita. Beijos!

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