08/03/2013

DUAS ESTRANHAS MULHERES


Fiquei intrigado com a quantidade de procuras pelo filme Duas Estranhas Mulheres, que de repente colocou o post sobre a Zingu! #51, com dossiê sobre o diretor Jair Correia, em terceiro lugar entre as postagens mais populares. Não tinha me tocado que o Canal Brasil iria exibi-lo hoje de madrugada na sessão Como era Gostoso, o que descobri por acaso zapeando pelos canais. Não assisti inteiro (haverá reprise na madrugada de segunda-feira, às 3:00hs), mas a cópia está excelente.
Como é bom ver que finalmente o pessoal ligado ao audiovisual tem se preocupado em recuperar nossa memória cinematográfica. Houve um tempo em que a Cinemateca Brasileira era obrigada a escolher o que preservar, e as escolhas iam para os cânones conhecidos (Cinema Novo, Cinema Novo, Cinema Novo). Claro, a instituição vivia em situação de penúria, sem verbas oficiais e naquele momento talvez fosse mesmo o melhor a ser feito. Nos últimos anos, no entanto, isso tem mudado, como pudemos comprovar na própria Cinemateca, que tem exibido filmes "perdidos" como Ninfas Diabólicas, Paraíso Proibido, Sede de Amar (Capuzes Negros) em cópias novas.
O Canal Brasil tem passado filmes da Boca e marginais (A Mulher que Inventou o Amor, a obra do Mojica) em cópias remasterizadas, algo inimaginável há, o quê, uns dez anos?
Que continuem assim, dando atenção ao filme nacional sem preconceito quanto a nomes ou gêneros. Agora, que a obra de um gênio como Walter Hugo Khouri precisa de recuperação urgente não resta a mínima dúvida.

P.S.: Aqui o comentário do Biáfora sobre o filme.

2 comentários:

Andrea Ormond disse...

Sergio, esta semana o Canal Brasil também passou o "Marilia e Marina", um raríssimo que assisti durante uma mostra na Caixa Cultural. Pelo menos há alguns anos já temos esse veículo firme do Canal Brasil, ao lado da Cinemateca e outros eventos. Com o tempo, conseguimos reverter a barbárie. Bjs

Sergio Andrade disse...

Oi, Andrea. Iniciativas de blogs como o seu, sites como do Adilson e revistas como a nossa saudosa Zingu! incentivaram o interesse pelo nosso cinema e a importância de preservar e divulgá-lo. Bjs

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