25/01/2013

ZÓZIMO BULBUL (1937-2013)

 





3 comentários:

Francisco Sobreira disse...

Sergio,
Venho aqui por outro assunto. Ontem vi na TV Cultura O Principe, do Giorgetti. Rapaz, eu gostei demais do filme. E aquela frase final do personagem, respondendo à companheira de vôo, "como você definiria um funeral?" (não sei se a frase está inteiramente correta) , é uma grande sacação. A meu ver, uma síntese verbal do que é o filme. Não sei se, numa revisão, descobriria alguns defeitos que, nesta primeira, não vi. Você deve conhecer o filme. O que acha dele? um abraço.

Sergio Andrade disse...

Fala, Sobreira!
Vi O Principe quando foi lançado no cinema, gostei muito mas preciso rever. Não lembrava mais do diálogo final.
O que mais me lembro é a perplexidade do personagem principal ao voltar para São Paulo depois de vários anos fora. Ao ir de táxi para casa ele não reconhece nem mesmo a rua em que morava. Creio que esse é um sentimento compartilhado por muitos que moram nesta cidade. O personagem do Otavio Augusto representa nossa incapacidade de melhorarmos as coisas.De minha parte, não me conformo com a degradação do centro velho.
Bom, acho que deu para você perceber que o filme me marcou bastante.

Abs!

Fanzine Episódio Cultural disse...

Lágrimas de Areia

Lá estava ela, triste e taciturna.
Testemunha de efêmeros conflitos,
Com um olhar perdido no tempo,
Não exigia nada em troca
A não ser um pouco de atenção.

Sentia-se solitária, oca,
Os homens admiravam-na pelos seus dotes.
As crianças, em sua eterna plenitude,
Admiravam-na muito mais além...
... Mais humana!

De sua profunda melancolia
Lágrimas surgiram.
Elas não umedeceram o seu rosto,
Mas secaram o seu coração,
O poço da alma,
Aumentando cada vez mais
A sua sede.

Lá ela permaneceu; estática, paralisada!
Esperando que o vento do norte a levasse
Para bem longe dali!

O dia começou a desfalecer.
Seu coração, outrora seco e vazio,
Agora pulsava em desenfreada arritmia.
Desespero!
A maré estava subindo...

Em breve voltaria a ser o que era:
Um simples grão de areia.
Quiçá um dia levado pelo vento,
Quiçá um dia... Em um porto seguro.


Do livro (O Anjo e a Tempestade) de Agamenon Troyan

Pesquisa do Blog