06/07/2011

JAPÃO EM 4 CINEMAS


"O que levou multidões aos cinemas durante anos? Carisma dos atores e atrizes. Uma legião infindável de talentos como Koji Tsurata, Tomisaburo Wakayama, Yoshiko Sakuma, Chiezo Kataoka, Shima Iwashita, Miyuko Kuwano, Mariko Okada, Sachiko Hidari e centenas de outros."

"A média de filmes em cartaz era 6. Portanto para os fãs era uma maratona. Toda semana pelo menos dois filmes importantes estavam em cartaz."

"Para mim a melhor fase do cinema japonês foi de 1954 a 1962, quando os grandes cineastas fizeram seus melhores filmes"

"Para piorar o cenário, leis de proteção ao mercado nacional foram surgindo uma após a outra, como a obrigatoriedade de confeccionar as cópias em laboratórios nacionais, bem como todo o material de publicidade em gráficas daqui."

"A situação mais hipócrita é a de que alguns dos que ajudaram a criar essas leis e deram apoio para sua aprovação estavam fazendo a finalização dos seus filmes fora do Brasil."

"Como nenhuma entidade cultural se interessou em ficar com elas, tudo acabou virando vassoura. É, naquele momento fabricava-se vassouras com cópias de filmes. É simplesmente inimaginável pensar que se varreu chão com "Sonho disperso", "O segredo da bailarina" ou "A rotina tem seu encanto"..."

Trechos tirados do texto de Juan Bajon para o folheto do projeto "O Japão em imagens e sons", no SESC/Pinheiros.
A exposição dos cartazes de filmes japoneses exibidos nos 4 cinemas que existiam no bairro da Liberdade está belíssima e toda terça tem exibição de filmes (programação aqui).

2 comentários:

Francisco Sobreira disse...

Caro Sérgio,
Desde a década de 1990 que eu sabia dessa transformação de cópias de fitas em vassouras. Na época eu tinha uma coluna num jornal de Natal e falei sobre o fato. Que coisa, hem? Um abraço.

Sergio Andrade disse...

Também fiquei sabendo dessa história por essa época, Sobreira. Lamentável!

Abraço.

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