26/08/2006

CURTAS ERÓTICOS

Assisti no Metrô Santa Cruz os curtas temáticos do projeto Curta Petrobrás às Seis, de graça!
São eles:


Deu no Jornal (2005) - Yanko Del Pino
Cenas eróticas desenhadas sobre páginas de anúncios classificados. Interessante.

SX80bh (2005) - Ricardo Mehedff
Experimental. Manipulação de imagens do que me pareceu ser um filme pornográfico.

Distúrbio (2005) - Mauro D'Addio
Um rapaz muito gordo e tímido e seus devaneios eróticos, sempre vigiados por sua zelosa e religiosa mãe. Boas interpretações.

O Caderno Rosa de Lori Lamby (2005) - Sung Sfai
Não li o livro da Hilda Hilst, nem vi a peça protagonizada pela mesma Iara Jamra. Então minha opinião é toda baseada no que bate na tela. E lá o que vemos é uma adulta infantilizada que escreve, do modo mais sincero possível, suas aventuras eróticas aos 8 anos de idade. Possivelmente vítima de assédio dos próprios pais na infância (reparem que a mãe e o pai estão sempre fora de foco), Lori navega nessas lembranças, que podem ou não ser verdadeiras.
Talvez o curta mais bem sucedido do Sung, com um belo trabalho de cores, figurinos e movimentação de câmera, e Iara está maravilhosa.
Na ficha técnica vários outros conhecidos, entre os quais o assistente de direção Eduardo Aguilar.

Red (2004) - Flávio Frederico
Atualização de Chapeuzinho Vermelho, de Charles Perrault. Dessa vez o lobo mau é um pedófilo armado de uma câmera digital, que persegue a não tão ingênua Chapeuzinho. Bons momentos de erotismo e violência, valorizados por um bom elenco e um final sem concessões, mais de acordo com o original de Perrault.


P.S.: No momento em que esses curtas são exibidos na grande tela do Santa Cruz, e está rolando mais um Festival Internacional de Curtas-Metragens em São Paulo, leio na revista Carta Capital desta semana que a Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas (ABD) está querendo trazer de volta uma antiga lei, de 1975, que torna obrigatória a exibição de curtas-metragens antes dos longas, nos cinemas.
Esse é um assunto que vai dar muito pano pra manga, e possivelmente retornarei a ele, mas desde já me manifesto contrário a essa obrigatoriedade.

7 comentários:

Anônimo disse...

O filme do Flavio Frederico deu água na boca. A ausência de concessões eróticas parece que deslanchou de vez. Fora o pudor!

Anônimo disse...

Marcos, essa Chapeuzinho é de dar água na boca mesmo hehehe!

Anônimo disse...

A primeira imagem lembra os antigos "catecismos" escritos pelo quadrinista Sebastião Zéfiro (que se tornaram cults, chegando a virar capa de um CD da cantora Marisa Monte: o CD em questão chama-se Barulinho Bom). Abraços do crítico da caverna cinematográfica.

Anônimo disse...

Oi SÉRGIo fiz um Post sobre alguns Programas do Festival de Curtas que eu fui ontem culminando na Sessão Dark Side. Num dos programas do Panorama Brasil que tem o comentado curta do Selton Mello, passou o FÚRIA do Marcelo Lafitte que em termos de erotismo é bastante extremo com um casal de excelentes atores e uma fotografia sensacional...

Anônimo disse...

Roberto, o espírito é bem esse mesmo, lembra bastante os "catecismos" do Zéfiro. Bem interessante!

Marcelo, logo vou dar uma conferida no post. Será que esse Fúria vai passar de novo? Fiquei interessado :)

Abraços!

Anônimo disse...

Assisti RED no ano passado no Vitória Cine Vídeo. Curta bem legal!

Anônimo disse...

Também acho, Ronald!

Pesquisa do Blog