09/02/2006

O TERROR QUE VEM DA FRANÇA


Na véspera de Natal, uma família (pai, mãe, um casal de filhos adolescentes) e o namorado da garota, viaja de carro para comemorar a data com parentes. Depois de anos fazendo sempre o mesmo trajeto, dessa vez o pai decide pegar uma estrada alternativa. No caminho eles avistam, no acostamento, uma mulher de branco, ferida e em estado de choque, segurando um bebê. Como todos os celulares estão sem sinal, eles a colocam no carro e param num bangalô abandonado, para tentar telefonar. É então que começa o pesadelo. A medida que as mortes vão acontecendo, e o pânico aumentando, os podres daquela família aparentemente normal irão sendo revelados.

Trata-se de uma co-produção França/EUA, dirigida e escrita por 2 franceses, filmada na Califórnia com elenco americano e equipe técnica mista. Os diretores criam uma atmosfera de estranhamento, com alguns toques de humor negro, parecida com a dos filmes do David Lynch. Talvez não seja coincidência o fato do pai ser interpretado por Ray Wise, da série de TV "Twin Peaks". Um carrinho de bebê surge no meio da estrada; eles dirigem por horas, no meio de uma floresta, sem que nunca cheguem na única cidade indicada pelas placas, etc. Quando seus 85 min. começam a aborrecer, o filme termina com um final que pode ser surpreendente ou decepcionante, dependendo do ponto de vista.

Rota da Morte
Título Original: Dead End
Direção: Jean-Baptiste Andrea e Fabrice Canepa
Elenco: Ray Wise, Lin Shaye, Amber Smith, Alexandra Holden, etc.
FRA/EUA, 2003, 85 min.
DVD/VHS: Europa

6 comentários:

Anônimo disse...

Deve ser muito interessante esse filme, Sergio. Tem ecos de Twin Peaks, é? Fiquei curiosa.
Li hoje, e isso não tem nada a ver com o post, na crônica do Veríssimo, que Tony Kushner é um dos autores do roteiro de Munique. Ele, que foi responsável por um dos textos mais impactantes no teatro: 'Angels in America'. Fiquei empolgada. Com mais vontade ainda de assistir. Beijos!

Anônimo disse...

Os franceses são verdadeiros mestres do cinema. Porém, acho que nunca vi um filme de terror da França de hoje. Claro que eu já vi Os Olhos sem Face, do Franju...mas esse já é um clássico!

Anônimo disse...

O argumento pode ser batido, mas passei um cagaço acompanhando aquela estrada. E a história do carrinho de bebê no meio do nada, hein?!

Anônimo disse...

É interessante sim, Graciele. Lembra não apenas Twin Peaks, mas também outros filmes do Lynch, como "A Estrada Perdida", p. ex.
Sim, Tony Kushner é um dos roteiristas de Munique, ao lado de Eric Roth (que escreveu O Informante). Por ai você pode ter uma idéia da qualidade dos diálogos e do desenvolvimento dramático!
Beijão!

Ronald, o filme do Franju é um clássico mesmo.
Mas há uma nova geração de cineastas franceses,especializados em filmes de terror, que vem dando o que falar! Dois deles lançam filmes este ano, realizados nos EUA: Christophe Gans (Silent Hill) e Alexandre Aja (que refilmou The Hills Have Eyes). Abç!

Walner, os diretores manipulam muito bem nossos sentimentos! Aquela estrada dá um medo danado! E o carrinho do bebê na estrada é uma das coisas mais insólitas e assustadoras que eu já vi!!!!
E eles souberam como terminar o filme na hora certa.
Abraço!

André disse...

foda é que não chegou na "minha" locadora. Mas vou vasculhar. Ray Wise é grande ator, quando bem aproveitado.

Anônimo disse...

O Wise é ótimo!. Ele está muito bem num pequeno papel em "Boa Noite e Boa Sorte".

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