Depois de ficar mofando na prateleira por mais de três anos, finalmente estreou em São Paulo, numa única sala, esse tão aguardado filme do Ivan Cardoso.
É bom dizer logo de cara que não gostei, o que me dói bastante já que adoro o cinema do Ivan.
Tudo fazia crer que este seria um dos melhores dele: um ator estrangeiro cultuado, o espanhol Paul Naschy (ou Jacinto Molina), especialista em interpretar lobisomens e outros monstros; muitas mulheres gostosas (Danielle Winits, Karina Bacchi, Djin Sganzerla, etc.); atores vinculados à pornochanchada (Nuno Leal Maia, Tony Tornado) ou cinema marginal (Guará Rodrigues); o roteiro do especialista Rubens Francisco Luchetti; a ambientação amazônica.
E realmente o prólogo é sensacional, mas depois essa história de um grupo de amigos que vai pra floresta experimentar Santo Daime e lá encontra lobisomens, guerreiras amazonas e o Dr. Moreau vai perdendo a força, terminando de forma bem enfadonha, o que é mortal para um filme que se pretendia popular. O que deu errado?
Talvez a culpa seja do ator Naschy, que parece não ter entendido a "proposta" do Ivan. Ou das moças que são bem comportadas demais. A tentativa do Nuno e do Tony de emular Oscarito, Zé Trindade e Grande Otelo ficam apenas nisso, na tentativa. A Floresta da Tijuca é muito mal "maquiada" pra parecer o Amazonas, assim como os cenários paupérrimos feitos em estúdio. E a trama se arrasta dando impressão que o filme tem bem mais do que seus apenas 80 minutos.
O problema então deve ter sido do próprio Ivan. Pode ser que, depois de toda uma vida dedicada ao cinema, ele estivesse desanimado ao se ver obrigado a trabalhar em condições tão precárias quanto as do tempo dos primeiros Super-8, e isso transparece no resultado final. O fato é que não se percebe aquele tesão na realização que fica claro em todos seus outros filmes. Uma pena mesmo.
Mas logo depois ele fez "A Marca do Terrir" que, segundo os que o viram, traz de volta o autor ousado, criativo, "marginal", o que me faz ter a certeza que "Um Lobisomem na Amazônia" foi apenas um acidente de percurso.
É bom dizer logo de cara que não gostei, o que me dói bastante já que adoro o cinema do Ivan.
Tudo fazia crer que este seria um dos melhores dele: um ator estrangeiro cultuado, o espanhol Paul Naschy (ou Jacinto Molina), especialista em interpretar lobisomens e outros monstros; muitas mulheres gostosas (Danielle Winits, Karina Bacchi, Djin Sganzerla, etc.); atores vinculados à pornochanchada (Nuno Leal Maia, Tony Tornado) ou cinema marginal (Guará Rodrigues); o roteiro do especialista Rubens Francisco Luchetti; a ambientação amazônica.
E realmente o prólogo é sensacional, mas depois essa história de um grupo de amigos que vai pra floresta experimentar Santo Daime e lá encontra lobisomens, guerreiras amazonas e o Dr. Moreau vai perdendo a força, terminando de forma bem enfadonha, o que é mortal para um filme que se pretendia popular. O que deu errado?
Talvez a culpa seja do ator Naschy, que parece não ter entendido a "proposta" do Ivan. Ou das moças que são bem comportadas demais. A tentativa do Nuno e do Tony de emular Oscarito, Zé Trindade e Grande Otelo ficam apenas nisso, na tentativa. A Floresta da Tijuca é muito mal "maquiada" pra parecer o Amazonas, assim como os cenários paupérrimos feitos em estúdio. E a trama se arrasta dando impressão que o filme tem bem mais do que seus apenas 80 minutos.
O problema então deve ter sido do próprio Ivan. Pode ser que, depois de toda uma vida dedicada ao cinema, ele estivesse desanimado ao se ver obrigado a trabalhar em condições tão precárias quanto as do tempo dos primeiros Super-8, e isso transparece no resultado final. O fato é que não se percebe aquele tesão na realização que fica claro em todos seus outros filmes. Uma pena mesmo.
Mas logo depois ele fez "A Marca do Terrir" que, segundo os que o viram, traz de volta o autor ousado, criativo, "marginal", o que me faz ter a certeza que "Um Lobisomem na Amazônia" foi apenas um acidente de percurso.
5 comentários:
Estou louco para ver...
Abs
Sérgio: realmente muita gente falou mal deste filme do Ivan que ainda não vi. Porém, vi na mostra há dois anos o "Sarcófago Macabro~", que é engraçadíssimo e sensacional. Os bons nem sempre podem acertar, quem sabe esse foi um mal filme do Ivan.
Matheus Trunk
www.violaosardinhaepao.blogspot.com
Não tem previsão de chegada ai, Adilson?
Caro Matheus, achei esse muito ruim, mesmo. Nunca vi Sarcófago Macabro, nem a Marca do Terrir.
Abraços!
Meu caro,
Tinha entrado na sexta, mas nem sabia, pois não estava nos jornais.
Acabei de ver, e, sniff sniff, como você, também não gostei.
Abs
Infelizmente, dessa vez o Ivan não acertou :(
Abrs
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