Lançado em São Paulo em agosto de 1978, “Ninfas Diabólicas”, de John Doo, praticamente não foi mais visto depois de ter saído de cartaz. Nunca lançado em VHS, o filme vivia apenas na lembrança dos que o assistiram no cinema na época. As histórias que ouvi desde então diziam que um rolo havia sumido, ou mesmo que a cópia estava desaparecida.
Para surpresa de muitos o filme ressurgiu numa mostra do CCBB no ano passado, mas problemas particulares me impediram de assisti-lo. Finalmente no final de julho, dentro da mostra dedicada a Sergio Hingst na Cinemateca, tive a oportunidade de conferir essa obra que estava se tornando quase mítica. Numa cópia excelente, somos apresentados a esse homem de classe média (Hingst), casado e pai de dois filhos. Um dia, ao levar as crianças para a escola ele recusa carona a uma bela japonesinha (Misaki Tanaka). Mas depois, dirigindo-se ao trabalho, dá carona a duas estudantes, Úrsula (Aldine Muller) e Circe (Patrícia Scalvi) que logo começam um jogo de sedução e o convencem a dirigir até uma praia.
Aparentemente as pessoas eram mais ingênuas naquela época, já que ele não demonstra nenhuma preocupação quando elas o levam até uma casa abandonada no meio de uma praia deserta. Pelo contrário, logo está correndo atrás de Úrsula, a essa altura já completamente pelada, enquanto Circe fica na frente da casa, observando os pássaros. Esse clima idílico, no entanto, dará lugar a uma série de acontecimentos estranhos envolvendo as duas moças, instalando-se o horror que culmina num assassinato e num acidente de carro.
A ficha técnica impressiona: roteiro de Ody Fraga, montagem de Máximo Barro, música de Rogério Duprat, direção de fotografia e câmera de Ozualdo Candeias, todos contribuindo na criação de uma crescente atmosfera de pesadelo acordado, de desequilíbrio, de sensualidade e morte.
E claro, graças ao chinês Doo, o filme tem muito dos contos de terror orientais, lembrando em alguns momentos as obras-primas fantásticas de Kaneto Shindo, O Gato Preto e Onibaba.
Um grande filme brasileiro do gênero terror, com grandes interpretações do trio principal, finalmente disponível para todos que apreciam o bom cinema, e que nos dá esperança de que outros filmes que estão décadas esquecidos em alguma prateleira sejam restaurados e exibidos.
Para surpresa de muitos o filme ressurgiu numa mostra do CCBB no ano passado, mas problemas particulares me impediram de assisti-lo. Finalmente no final de julho, dentro da mostra dedicada a Sergio Hingst na Cinemateca, tive a oportunidade de conferir essa obra que estava se tornando quase mítica. Numa cópia excelente, somos apresentados a esse homem de classe média (Hingst), casado e pai de dois filhos. Um dia, ao levar as crianças para a escola ele recusa carona a uma bela japonesinha (Misaki Tanaka). Mas depois, dirigindo-se ao trabalho, dá carona a duas estudantes, Úrsula (Aldine Muller) e Circe (Patrícia Scalvi) que logo começam um jogo de sedução e o convencem a dirigir até uma praia.
Aparentemente as pessoas eram mais ingênuas naquela época, já que ele não demonstra nenhuma preocupação quando elas o levam até uma casa abandonada no meio de uma praia deserta. Pelo contrário, logo está correndo atrás de Úrsula, a essa altura já completamente pelada, enquanto Circe fica na frente da casa, observando os pássaros. Esse clima idílico, no entanto, dará lugar a uma série de acontecimentos estranhos envolvendo as duas moças, instalando-se o horror que culmina num assassinato e num acidente de carro.
A ficha técnica impressiona: roteiro de Ody Fraga, montagem de Máximo Barro, música de Rogério Duprat, direção de fotografia e câmera de Ozualdo Candeias, todos contribuindo na criação de uma crescente atmosfera de pesadelo acordado, de desequilíbrio, de sensualidade e morte.
E claro, graças ao chinês Doo, o filme tem muito dos contos de terror orientais, lembrando em alguns momentos as obras-primas fantásticas de Kaneto Shindo, O Gato Preto e Onibaba.
Um grande filme brasileiro do gênero terror, com grandes interpretações do trio principal, finalmente disponível para todos que apreciam o bom cinema, e que nos dá esperança de que outros filmes que estão décadas esquecidos em alguma prateleira sejam restaurados e exibidos.
5 comentários:
Olá amigo cinéfilo! Adorei seu blog e coloquei o link no meu, também de cinema http://saudadesdobomcinema.wordpress.com/ O que acha de trocarmos links e você colocar o meu aqui? Valeu!
Muito bom seu blog, Rafa! Vou linkar aqui.
Abs
Ola Sérgio, estou aqui para te convidar a visitar o Blogs de CInema Classico. Caso queira participar do mesmo,g entileza manter contato.
atenciosamente,
Carla Marinho
blogsdecinemaclassico.blogspot.com
Gosto do John Doo, mas não conheço esse filme.
O Falcão Maltês
Oi, Carla. Logo irei visitar o blog. Obrigado pelo convite!
Antonio, não se preocupe, um dia você verá esse filme. Eu mesmo aguardei "apenas" 33 anos para assisti-lo rsss
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