CRI-CRÍTICO

Hoje vou dar uma de cri-crítico, aquele sujeito que escreve às sextas-feiras no guia Divirta-se do Estadão apontando as falhas do circuito exibidor com toda razão.

Pois bem, ontem fui assistir "300: A Ascensão do Império" na sessão das 16:50 do cinema Splendor Paulista, da Playarte, um dos mais caros da cidade. Pago meia-entrada mas mesmo assim gastei 23 reais na versão em 3D. Na entrada esqueceram de me dar o óculos especial e tive que pedir pra funcionária que me acompanhou até a poltrona. Mas esse não foi o maior problema. Gosto de ver os créditos até o final, e estava correndo tudo bem, inclusive com as luzes apagadas (a maioria dos cinemas de São Paulo, assim que termina o filme e aparece o nome do tradutor, acendem as luzes), até que de repente, lá pro meio dos créditos finais, as luzes se acendem e a exibição é interrompida abruptamente. Do fundo da sala escutei um obrigado. Quando me levantei vi que só eu continuava na sala e percebi que um dos funcionários que já começava a limpeza agradecia o projecionista pela interrupção. O cara, com certeza, queria que eu saísse logo dali. Como espectador, e pagando caro por um ingresso, tenho todo direito de ver o filme até o último fotograma! Espero que o gerente leia esta reclamação e oriente seus funcionários a respeitarem a diversão do espectador que afinal, repito mais uma vez, pagou caro para assistir um filme numa sala que, devido ao preço do ingresso, raramente tem todas as poltronas ocupadas. Caso contrário, acabarão perdendo um cliente assíduo.