Finalmente assisti "Amantes" de modo decente, com projeção em película, tela grande, som perfeito. Agora dá pra escrever alguma coisa sobre ele.
Trata-se de uma raridade, um filme americano falando de seres humanos e seus problemas do dia-a-dia, suas alegrias e tristezas, forças e fragilidades.
"Two Lovers" já começa com uma tentativa de suicídio. Ficamos sabendo depois que aquela não é a primeira vez que Leonard (Joaquin Phoenix) procura tirar a própria vida. Desde que foi abandonado pela noiva há dois anos atrás que o rapaz vive esse drama, tomando pílulas para controlar a depressão e sob vigilância constante dos pais. O filme é ambientado na comunidade judaica de Nova Iorque.
De repente caem no colo do azarado/sortudo cara duas garotas ao mesmo tempo. Uma morena, Sandra (Vinessa Shaw), que é tudo de bom: filha de amigos dos pais dele, linda, simpática, realmente interessada nele. A outra, Michelle (Gwyneth Paltrow), loira, igualmente linda mais cheia de problemas: família disfuncional, viciada em drogas, namorada de um sujeito casado.
Pois Leonard vai se apaixonar justamente pela problemática. E vai fazer tudo aquilo que quem se apaixonou já fez: ouvir ópera só por que ela gosta, estar disponível a qualquer hora do dia para conversar e até pagar o maior mico de todos, conhecer o namorado dela. Quando ele pensa que finalmente encontrará a felicidade, surge nova decepção.
O diretor James Gray optou por uma direção discreta, sem grandes firulas, sutil. A interpretação dos atores segue pelo mesmo caminho, todos estão contidos, mesmo o geralmente intenso demais Joaquin Phoenix.
Mas o filme tem um problema grave: um final dos mais insatisfatórios, que obviamente não vou revelar aqui. Mesmo assim, um filme que merece ser visto.
Trata-se de uma raridade, um filme americano falando de seres humanos e seus problemas do dia-a-dia, suas alegrias e tristezas, forças e fragilidades.
"Two Lovers" já começa com uma tentativa de suicídio. Ficamos sabendo depois que aquela não é a primeira vez que Leonard (Joaquin Phoenix) procura tirar a própria vida. Desde que foi abandonado pela noiva há dois anos atrás que o rapaz vive esse drama, tomando pílulas para controlar a depressão e sob vigilância constante dos pais. O filme é ambientado na comunidade judaica de Nova Iorque.
De repente caem no colo do azarado/sortudo cara duas garotas ao mesmo tempo. Uma morena, Sandra (Vinessa Shaw), que é tudo de bom: filha de amigos dos pais dele, linda, simpática, realmente interessada nele. A outra, Michelle (Gwyneth Paltrow), loira, igualmente linda mais cheia de problemas: família disfuncional, viciada em drogas, namorada de um sujeito casado.
Pois Leonard vai se apaixonar justamente pela problemática. E vai fazer tudo aquilo que quem se apaixonou já fez: ouvir ópera só por que ela gosta, estar disponível a qualquer hora do dia para conversar e até pagar o maior mico de todos, conhecer o namorado dela. Quando ele pensa que finalmente encontrará a felicidade, surge nova decepção.
O diretor James Gray optou por uma direção discreta, sem grandes firulas, sutil. A interpretação dos atores segue pelo mesmo caminho, todos estão contidos, mesmo o geralmente intenso demais Joaquin Phoenix.
Mas o filme tem um problema grave: um final dos mais insatisfatórios, que obviamente não vou revelar aqui. Mesmo assim, um filme que merece ser visto.
12 comentários:
Eu tb gostei muito do filme e concordo com vc sobre o final. Na verdade, eu não sei se aquilo foi cinismo ou um vislumbre de felicidade. De qualquer modo, eu esperava algo mais.
Você me convenceu: vou vê-lo no cinema.
Um abraço.
Pois é, Graciele, o filme estava indo bem até aquele final. Também esperava mais.
Mas veja num cinema com projeção em película, Moacy.
Poxa, o que mais gostei no filme foi do final...
O final parece ser de Woody Allen, e isso quer dizer que ele é genial!
Bom, vamos lá:
ATENÇÃO, CONTÉM SPOILERS!
A coisa já começa errada quando ele volta ao apartamento, depois de ter levado mais um pé na bunda e encontra a morena toda sorridente e solicita. Será que ela não percebeu nada de errado no ar?
Depois achei muita cara de pau do sujeito entregar para ela o anel que havia comprado pra loira. E não me pareceu que o diretor quis ser irônico.
O filme mostra que o cara sofre de alguns transtornos, e acho que o que o diretor quis mostrar com aquele final foi... que finalmente ele agiria da maneira certa num relacionamento (nas suas escolhas), apesar de ser muito pouco provável que alguém faria aquilo - mas como ele era um homem depressivo e tal acabou agindo certo porque estava meio incosciente (ou o contrário, finalmente estava consciente sobre algum ato que cometesse). Entendeu o que eu quis dizer? hehe.
"Entendeu o que eu quis dizer?"
Ahn...acho que entendi hehehe
Mas não concordo, Caio. Tudo bem, na confusão em que estava ele até podia achar que estava agindo certo. Acontece que ele mentiu o tempo todo pra Sandra sobre o amor dele pela Michelle, e no final continua mentindo. Não acredito que um relacionamento que começa dessa forma possa trazer alguma felicidade, como o final sugere.
Um abraço!
Na verdade, o maior problema do filme, para mim, é ele passar o tempo todo traindo a morena com a loira e reclamar que a loira faça o mesmo com ele...
personagens muito hipócritas me irritam, ainda mais quando dão uma desculpa para ele ser assim. o final, ao menos, me pareceu mais sincero.
Gabriel, as atitudes do cara são irritantes mesmo, mas compreensíveis pelo fato dele ser bipolar.
Já naquele final, o modo como a morena é mostrada parece que ela não é real, o que não era o caso.
"Acontece que ele mentiu o tempo todo pra Sandra sobre o amor dele pela Michelle, e no final continua mentindo. Não acredito que um relacionamento que começa dessa forma possa trazer alguma felicidade, como o final sugere."
Hmmm... Idéia interessante a que você levantou. Mas prefiro ser otimista quanto ao que aconteceu, hehe.
Hehehehehe! Tá certo...rsss
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