“Proibido Proibir” marca o retorno à direção, após mais de 20 anos, do diretor chileno radicado no Brasil Jorge Durán. Seu longa anterior foi o emocionante “A Cor do Seu Destino”, e pelo jeito Durán não perdeu sua capacidade de emocionar.
Proibido proibir, o lema dos jovens rebeldes da década de 60, agora virou o mote do estudante de medicina Paulo para justificar seu consumo excessivo de drogas e levar uma vida sem vínculos afetivos.
Seu único amigo é Leon, estudante de sociologia, com quem ele divide um apartamento. Mas a vida de Paulo sofre um abalo quando ele fica conhecendo e se apaixona pela namorada de Leon, Letícia, que cursa Arquitetura.
Por meio das profissões escolhidas pelos personagens, Durán não deixa de fazer um retrato do país: Paulo trabalha no hospital universitário, atendendo uma população carente; Leon, junto com uma amiga de classe, faz entrevistas com moradores da periferia e Letícia tira fotos mostrando a deterioração dos prédios e espaços públicos do Rio de Janeiro.
Quando um jovem, filho de uma paciente terminal de Paulo, sofre ameaça de morte por policiais corruptos, os três amigos vêem-se jogados na dura realidade social brasileira, uma realidade da qual eles talvez se julgassem imunes, e são obrigados a tomar uma atitude.
O filme não é perfeito, tem alguns problemas, o mais grave sendo a risível incompetência dos policiais corruptos, que por duas vezes deixam seu alvo escapar.
Mas é um filme que cativa pelo modo simples (não simplista) e eficaz com que transmite sua mensagem. E o final em aberto é um achado.
No elenco, se Maria Flor parece um tanto inadequada no papel, Alexandre Rodrigues e Caio Blat estão perfeitos como os amigos jogados num furacão de sentimentos.
Por meio das profissões escolhidas pelos personagens, Durán não deixa de fazer um retrato do país: Paulo trabalha no hospital universitário, atendendo uma população carente; Leon, junto com uma amiga de classe, faz entrevistas com moradores da periferia e Letícia tira fotos mostrando a deterioração dos prédios e espaços públicos do Rio de Janeiro.
Quando um jovem, filho de uma paciente terminal de Paulo, sofre ameaça de morte por policiais corruptos, os três amigos vêem-se jogados na dura realidade social brasileira, uma realidade da qual eles talvez se julgassem imunes, e são obrigados a tomar uma atitude.
O filme não é perfeito, tem alguns problemas, o mais grave sendo a risível incompetência dos policiais corruptos, que por duas vezes deixam seu alvo escapar.
Mas é um filme que cativa pelo modo simples (não simplista) e eficaz com que transmite sua mensagem. E o final em aberto é um achado.
No elenco, se Maria Flor parece um tanto inadequada no papel, Alexandre Rodrigues e Caio Blat estão perfeitos como os amigos jogados num furacão de sentimentos.
13 comentários:
Oi SÉRGIO. Retornei de viagem nessa quarta. O Proibido Proibir tem como encanto suas imperfeições, mas é uma obra muito sincera e de grande dignidade e que não merece a severidade de alguns críticos. O Inácio foi super severo com o filme e desencadeou uma série de comentários no Blog dele. Outras produções muito mal intencionadas não foram tão detonadas, mas enfim os filmes quando ganham as telas pertencem ao público e o tempo serve para esclarecer as coisas. Tenho quase certeza de que vou estar na biblioteca nesse sábado para ver A Casa da Noite Eterna, até mais.
Oi, Marcelo! Seja bem-vindo de volta.
É verdade, o filme não merecia as duras críticas que recebeu não só do Inácio mas de muito mais gente. Paciência, nem todos tem sensibilidade suficiente para perceber as qualidades do filme. Mas é isso, vamos dar tempo ao tempo.
Esse sábado está meio complicado para mim, mas sábado que vem com certeza estarei lá para ver Anjo da Noite.
De qualquer forma eu vi essa cópia do filme do Vinícius faz pouco tempo e te digo uma coisa: não perca porque além da cópia estar ótima (como sempre!)está no original em inglês com legendas. Imperdível!!!
Abraço, Marcelo!
Sergio, eu li ontem esse seu post tão bacana sobre Proibido proibir - filme do qual gostei muito - daí, no calor do momento, escrevi um comment e-nor-me e...perdeu-se! Deu um erro no computador e todas as janelas foram fechadas. Fiquei tão aborrecida com o fato, que só voltei hoje para reiterar o quanto gostei do post (e do filme tb). Assim como vc, eu tb não comprei a Maria Flor no papel, mas achei o trabalho do Blat excepcional. Fiquei muito comovida com o filme, me fez pensar que, no Brasil, para o jovem negro E pobre não há solução, para o jovem negro e remediado há uma saída, no máximo, limitada.
Ah, ia esquecendo! Minha amiga tem um blog muito bacana sobre Paris, ela fez um post que me lembrou muito vc - sobre Cannes.
Um beijo!
Olha lá:
http://parisxicxic.blogspot.com/2007/05/cannes-60.html
Graciele, que pena que seu comment se perdeu. Mas isso acontece, quantas vezes eu perdi textos praticamente prontos e tive que refazer tudo! Não fique aborrecida por causa disso!
Esse é outro ponto importante que o filme aborda e que muita gente não percebeu, a questão racial. Muito bem observado, Graciele!
Bem legal o blog da sua amiga, depois vou incluir nos links ai ao lado.
Beijo!
Serjão: eu delirei com PROIBIDO PROIBIR. Genial, filmaço mesmo. Eu também sou fã do Duran de A Cor do Seu Destino, que filme extraordinário. Respeito as posições dos críticos, mas eu adorei este monumental filme. Caio Blat é o novo Nelson Xavier, é simplesmente o cara ! (O Selton Mello é o novo Pereio rsrs). Mas ele é um puta ator mesmo, e por isso, está em todo tipo de filme brasileiro. Duran merece fazer mais filmes como esse, espero que ele tenha mais chances para comprovar seu talento. Como você e a Graciele, achei a Maria Flor muito fraquinha pro papel.
Matheus, só mesmo no Brasil para um diretor da qualidade do Durán ficar mais de 20 anos sem poder dirigir um filme.
Gostei das comparações do Caio com Nelson e Selton com Pereio hehe! E o Rodrigo Santoro seria o novo quem?
A Maria Flor não convence mesmo, talvez a Alice Braga fosse mais adequada para o papel.
Abração!
Taí, Sergio! Bingo! Alice Braga talvez fosse mais interessante.
A Alice tem mais "physique du role" hehhehe!
Rodrigo Santoro é o novo Stephan Nercessian ! Quem sabe a Alice Braga desse conta do recado. Porém, creio que a Rossane Holland também. Mas todos os outros atores...nossa muito bons. A atriz que faz aquela senhora enferma que ele adora; o próprio cara que faz o sobrinho dela. Todos muito bem, Duran sabe falar da questão social muito bem e não ser panfletário, algo raro no cinema brasileiro e por bem dizer, no cinema em geral. Se tivermos que esperar mais vinte anos por outro filme dele rsrs...será muito triste !
HAHAHA! Adorei essa Matheus, Santoro o novo Nercessian, isso mesmo, perfeito :)
É verdade, Rosanne Holland, como pude esquecer dela? Ficaria ótima no papel!
Sim, todo elenco secundário está perfeito, todos muito bem escolhidos e dirigidos.
Espero que não, mas se tivermos que esperar outros vinte anos por um filme do Durán tenho quase certeza que virá algo da mesma qualidade de seus outros filmes!
Abç!
"Caio Blat é o novo Nelson Xavier e o Selton Mello é o novo Pereio".. Gostei da comparação, Matheus. Hehehe
Ailton, há quanto tempo...
Só mesmo o Matheus pra fazer essas comparações :)
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