Ela interpreta Ray Eddy, que quando o filme começa está numa pindaíba de dar dó (foi abandonada pelo marido viciado em jogo, com dois filhos para criar e com inúmeras dívidas para quitar, em especial a da tão sonhada casa própria). Um dia, ao procurar o marido numa casa de jogos, ela conhece a índia mohawk Lila Littlewolf, igualmente sobrevivendo em condições precárias (mora num trailer caindo aos pedaços dentro da reserva indígena, seu bebê foi tirado dela pela sogra). Ou seja, são duas mulheres que não tem mais o que perder. Lila introduz Ray no mundo dos “coiotes”, os guias de imigrantes ilegais que agem na fronteira entre New York e Quebec. Elas atravessam a fronteira de carro pelo rio St. Lawrence, que congela nos rigorosos invernos com temperaturas de mais de 20 graus negativos.
Dirigido por uma bela mulher, Courtney Hunt, trata da incrível capacidade feminina de superar dificuldades e do poder quase sobrenatural da maternidade (e o episódio mais emocionante, do bebê da imigrante paquistanesa, é prova disso).
Melissa traz no rosto todas as marcas do sofrimento de Ray mas não a transforma numa coitada, pelo contrário, traz nos olhos a chama da determinação, da coragem, da revolta, da sabedoria.
9 comentários:
Não dava nada por esse filme, mas seus comentários me convenceram a assisti-lo. Vou vê-lo quando tiver oportunidade.
É um dos grandes filmes do ano, Vlademir! Não perca!
É, eu fiquei meio desanimado com alguns filmes que participaram do Oscar, mas este aí vem me chamando a atenção.
É um filme pequeno, Ronald, feito com pouco dinheiro mas com muita garra.
Olá
Por acaso essa postagem sua, "A Volta da Idade das Trevas" (com um link que leva a "página não encontrada"), quer dizer que tem alguém mais sendo "fritado" na internet?
Nas próximas semanas devo por as mãos em "O Deserto dos Tártaros". Mas já descobri que mês que vem não vai ter outro Zurlini na pré-venda da Versátil.
Mês que vem vai ser "O Ovo da Sepente", do Bergman. A Versátil já lançou quase 30 Bergmans, o que é ótimo. Entretanto, a inexplicável falta absoluta ausência de entrevistas nos extras de todos (menos em "Cenas de Um Casamento")me deixam meio decepcionado.
Grande abraço
é um bom filme, sem dúvida.
mas o oscar devia ter ido para jolie, em A Troca. sensacional.
Oi, Roberto, o link remetia a uma notícia sobre o padre que excomungou os médicos que fizeram o aborto (legal) na menina de 9 anos. Muito estranho que tenha sido tirada do ar!
De qualquer forma coloquei um outro link, espero que a página seja mantida.
Não virá outro Zurlini depois de "Deserto dos Tártaros"? Que pena.
O Ovo da Serpente é um dos meus preferidos do Bergman. E é absurdo não colocarem entrevistas nos extras dos DVDs.
Abraço!
Gabriel, a Jolie está ótima mesmo em A Troca, que é um grande filme. Mas prefiro a atuação da Melissa.
Abraço!
artigo muito bom
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