Depois de uma semana revigorante sob o sol escaldante da bela João Pessoa, desembarquei numa nublada São Paulo, o que me fez lembrar daquele poema de Drummond: "Chovia, Ventava, Fazia frio em São Paulo. Fazia frio em São Paulo, Nevava". Nossa, estou inspirado hoje...hehe. Voltei ávido para ver algum filme da Mostra, mas não estava disposto a enfrentar as filas e a badalação do evento. Procurei então por algum filme pouco comentado e encontrei um com título bem apropriado: O Desconhecido, co-produção polonesa, alemã e francesa, dirigido por uma mulher, Malgorzata Szumowska.
Eva é uma jovem de 22 anos que se vê com uma gravidez indesejada. A princípio pensa em aborto, mas logo o instinto materno fala mais alto e ela decide ter a criança. O filme não evita nenhum clichê, a começar pelo nome da personagem: a alegria e confiança dos primeiros meses, as dúvidas e incertezas quanto ao futuro que surgem depois, a relação com os pais, o namoro com um jovem delinquente que a tinha assaltado quando se dirigia ao consultório no começo do filme, a amizade com uma prostituta também grávida e a decisiva hora do parto. Tudo com cara de telefilme, o que se confirma nos créditos finais que informam que a produção foi financiada por um canal de televisão polonês.
O melhor filme sobre gravidez continua sendo aquele que foi dirigido por um polonês, mas nos Estados Unidos na década de 60: O Bebê de Rosemary, de Roman Polanski. Sem esquecer o Je Vous Salue Marie, de Godard.
Queria ter visto o filme seguinte, mexicano, mas como ainda estou sentindo o efeito do fuso horário decidi voltar pra casa mais cedo. Amanhã pretendo ver mais filmes e, se possível, comentá-los aqui.
Eva é uma jovem de 22 anos que se vê com uma gravidez indesejada. A princípio pensa em aborto, mas logo o instinto materno fala mais alto e ela decide ter a criança. O filme não evita nenhum clichê, a começar pelo nome da personagem: a alegria e confiança dos primeiros meses, as dúvidas e incertezas quanto ao futuro que surgem depois, a relação com os pais, o namoro com um jovem delinquente que a tinha assaltado quando se dirigia ao consultório no começo do filme, a amizade com uma prostituta também grávida e a decisiva hora do parto. Tudo com cara de telefilme, o que se confirma nos créditos finais que informam que a produção foi financiada por um canal de televisão polonês.
O melhor filme sobre gravidez continua sendo aquele que foi dirigido por um polonês, mas nos Estados Unidos na década de 60: O Bebê de Rosemary, de Roman Polanski. Sem esquecer o Je Vous Salue Marie, de Godard.
Queria ter visto o filme seguinte, mexicano, mas como ainda estou sentindo o efeito do fuso horário decidi voltar pra casa mais cedo. Amanhã pretendo ver mais filmes e, se possível, comentá-los aqui.
6 comentários:
Qdo vc. diz "sobre gravidez", não há dúvida q. esta certo, mas se pensarmos "com gravidez", eu diria q. fiquei muito perturbado com a revisão de "Quien Puede a Matar um Niño?", e claro, sem termo de comparação com o clássico de Polanski, mas visivelmente inspirado nele (e/ou plagiado 2.º alguns), há o muito interessante "All the Colors of the Dark" de Sergio Martino.
Fala, Eduardo! Vc entendeu perfeitamente bem, falei "sobre gravidez". "Com gravidez" existem muitos filmes interessantes, inclusive aquele spaghetti western do Fulci que comentei um tempo atrás. Agora, vc reviu "Os Meninos" quando? Há pouco tempo? Onde? Como? Adoro esse filme, vi 1 vez há muito tempo e nunca mais esqueci. É GENIAL!!!
É genial, sim!! Estou com uma cópia em vhs emprestada pelo amigo Leandro Caraça, já estou uma enormidade de tempo com ela, mas acho q. posso repassá-la p/ vc., desde q. vc. se comprometa a me devolve-la logo, uma boa oportunidade é a próxima sessão comodoro (09/11). E eu aproveito e te devolvo o "Tocaia no Asfalto" q. ainda não revi, mas até lá, já o terei feito.
Então talvez seja melhor pedir permissão para o Leandro Caraça antes, não acha? Tb preciso devolver suas fitas e emprestar o Superoutro.
Adorei esse post,Sergio! Poético, engraçado...
Fiquei curiosa para ver esse filme (acredite!). Meu amor pelo cinema polonês é resistente!
Graciele, o que mais me motivou a assisti-lo foi o fato de ser polonês, uma cinematografia que eu também adoro. Mas acredite, não vale grande coisa, não, infelizmente
Postar um comentário